Adryan se inspira no ‘boom’ de Neymar e diz que ano será decisivo para agarrar chance no Fla
A saída de Ronaldinho abriu espaço para uma pergunta: quem será o novo camisa 10 do Flamengo? Nas ruas e na internet, cresce a expectativa para o meia Adryan, de 17 anos, ser de vez alçado aos profissionais. O jovem, que tem brilhado na seleção sub-20, encontra forte concorrência nos juniores do clube e chegou a ser barrado de alguns jogos.
- No Flamengo tem gente que quer tomar o seu lugar. Vê que estou na seleção, o jogo individual começa a falar mais alto. Na seleção jogo sem peso, no clube não posso dar mole – resume Adryan, que tem contrato até o fim de 2013 e várias propostas do exterior.
No momento, porém, a cabeça do jogador está focada no Flamengo e nas boas possibilidade que podem pintar essse ano. Mesmo tendo que escutar sem parar que é para ter calma, Adryan traça um paralelo com a carreira de Neymar, e espera novidades.
- Não fico me comparando a ele, mas tiro como exemplo o que ele fez quando tinha a minha idade. Esse é um ano que pode ser decisivo. Vou ter mais maturidade, ganhar corpo, se a oportunidade pintar estou preparado – diz o provável herdeiro da camisa 10.
A saída de Ronaldinho abriu espaço para uma pergunta: quem será o novo camisa 10 do Flamengo? Nas ruas e na internet, cresce a expectativa para o meia Adryan, de 17 anos, ser de vez alçado aos profissionais. O jovem, que tem brilhado na seleção sub-20, encontra forte concorrência nos juniores do clube e chegou a ser barrado de alguns jogos.
- No Flamengo tem gente que quer tomar o seu lugar. Vê que estou na seleção, o jogo individual começa a falar mais alto. Na seleção jogo sem peso, no clube não posso dar mole – resume Adryan, que tem contrato até o fim de 2013 e várias propostas do exterior.
No momento, porém, a cabeça do jogador está focada no Flamengo e nas boas possibilidade que podem pintar essse ano. Mesmo tendo que escutar sem parar que é para ter calma, Adryan traça um paralelo com a carreira de Neymar, e espera novidades.
- Não fico me comparando a ele, mas tiro como exemplo o que ele fez quando tinha a minha idade. Esse é um ano que pode ser decisivo. Vou ter mais maturidade, ganhar corpo, se a oportunidade pintar estou preparado – diz o provável herdeiro da camisa 10.
Promessa de Joel
- Achei que ele ia dar um esporro por causa da pipa. Ele falou: “Te chamei porque queria a pipa”. Aí ele me falou para ter calma, que as coisas iam acontecer, perguntou se eu tinha pai e mãe. Achei ele engraçado. Ele brincou: “Voce joga mesmo?” Eu só ri. Fiquei quieto. Achei simpático – conta o jovem, que cansou de ouvir que é para ter calma.
- As pessoas ficam nervosas e eu estou calmo. Se um dia tiver que ser, vai ser. Não conto só com o meu futebol. Conto com a ajuda de todo mundo. Não é um esporte individual – ensina o discreto e habilidoso armador.
O que falta na sua opinião para você ser promovido aos profissionais?
ADRYAN: Jogo no Flamengo desde 2006, é diferente do que qualquer outro clube. O que eu mais escuto é para ter calma. As pessoas ficam nervosas e eu estou calmo demais. Procuro trabalhar sempre e se um dia tiver que ser, vai ser. Não conto só com o meu futebol. Conto com a ajuda de todo mundo. Não é um esporte individual.
Mas você sente que esse pode ser o seu ano?
Esse é um ano que pode ser decisivo para mim. Vou começar a ter mais maturidade, vou ganhar mais corpo, estou trabalhando mais forte, faço suplementação para ter essa evolução, se a oportunidade pintar estão fazendo com que eu esteja preparado. Creio que seja um ano de oportunidades. E espero aproveitar. Uma pessoa na minha idade estar nos juniores do Flamengo, é lógico que eu quero conquistar do Brasileirão, o sul-americano ano que vem na seleção, mas tenho que estar bem. Esquecer as coisas fora de campo. Esse ano quero muita coisa, mas tenho que conquistar, não vai ser fácil.
Acha que está preparado para jogar no time principal do Flamengo?
Eu tenho que me cobrar, querer mais. Mas não preciso mostrar mais coisa, fazer mais para querer ser mais que alguém, ir para o profissional antes de outros. As pessoas comentam sobre mim porque eu faço meu trabalho. Nunca vou querer ser mais do que ninguém. Querer inventar. Se tiver que melhorar é em prol da equipe. Por exemplo, tenho que melhorar a minha regularidade nos jogos. Faço dois jogos muito bem e o terceiro não é a mesma coisa, dou uma bambeada. Preciso ter a mesma performance. O erro de muitos atletas é não querer escutar. Eu sei se estou errado e sou o último a me defender e o primeiro a me criticar. Quando faço alguma coisa boa deixo para as pessoas falarem, quando está ruim eu mesmo falo. Nunca tive vaidade.
JE: Falando em vaidade, o que acha do Neymar?
Eu e todo mundo acha que é um excelente jogador, está servindo de exemplo para muitos. A bola que ele joga é indiscutível. Todo mundo quer ser o Neymar, ter alguma coisa que ele tem. Não fico me comparando a ele, mas tiro como exemplo o que ele fez quando tinha a minha idade. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil, conquistou coisas muito rápido. É como se eu tivesse estourado agora, conquistado um Carioca. Mas ele tem a história dele. Comparo apenas o que ele fez com a minha idade. Não comparo o futebol. Não vou ter que jogar o que ele jogou com 17 anos. Não vou queimar etapa. Se o Flamengo precisar, que seja bem tranquilo, nada afobado.
JE: O que acha dele como representante da nova geração do futebol brasileiro?
Hoje no Brasil tem jogadores servindo de exemplo para quem começa. Todo mundo quer ter o futebol do Neymar, ter um moicano, de dez cinco quer pedalar na jogada, o Neymar tá estimulando essa alegria, mostrando que o futebol brasileiro não acabou. Mas eu não imito ninguém, só admiro. Neymar bota uns óculos malucos, sem lente, aí você chega no Flamengo tem cinco moleques com eles, eu não consigo gostar, só deixa o cara mais feio, risos. Já usei moicano, mas isso não é para mim. Eu me cuido, mas não tenho que inventar, o bonito é o simples, no futebol também.
JE: Já teve contato com o Joel?
Tive contato com ele uma vez. Eu estava treinando no último campo, ele estava voltando para o vestiário. Peguei uma pipa no campo de um moleque e comecei a soltar. Ele tava vindo, falou: “Oh garoto!”. Falei, “Caramba, será que ele vai dar esporro por causa da pipa?”. Ele falou: “po, te chamei porque eu queria a pipa”. Aí ele me falou para ter calma, para trabalhar que as coisas iam acontecer, perguntou se eu tinha pai e mãe. Achei ele engraçado. Falou comigo numa boa. Perguntou: “Voce joga muito mesmo?” Eu só ri. Fiquei quieto. Achei simpático. Ele me viu jogando contra o Botafogo.
Na internet muitos torcedores pedem que você vá para o profissional. Nas ruas, como é?
O torcedor na rua me reconhece. Quando começo a aparecer, faço um bom campeonato na seleção ou treino no profissional, me reconhecem bastante, depois a poeira baixa. Faço jogo no júnior, alguns sabem quem sou mas não falam, outros falam que tem que me colocar para jogar, sempre acontece…
É mais difícil jogar no Flamengo ou na seleção brasileira?
Acho bem mais fácil jogar na seleção do que no Flamengo. Ali você está com os melhores e não tem essa de ficar disputando. Nos juniores o pessoal quer ir para o profissional, para a seleção, e atrapalha um pouco. É uma realidade, não uma crítica. No Flamengo tem gente que quer tomar o seu lugar. Viu que eu estou na seleção, começa o jogo individual a falar mais alto. Na seleção jogo sem peso, no Flamengo não posso dar mole. Isso influencia na regularidade. Tem que se entender. Não tem que querer aparecer mais. Isso mexe comigo, e num jogo me irrita. Eu boto na minha cabeça que tem que jogar com o grupo, em qualquer situação.
Como você enxerga o futebol europeu na sua carreira?
Sonho também em jogar na Europa, mas quero me formar no Flamengo. Não tenho pressa, não quero ir agora. Se tivesse uma valorização boa não ia pensar duas vezes em estar no Flamengo. Tem que ter maturidade para jogar num time de ponta lá fora. Ter cabeça. Aqui você escuta falar de um atleta que fez um gol no profissional, é falado no Brasil inteiro, não é por aí. A pessoa não tem qualidade das melhores, mas faz um gol e é um rei. Lá não. Só joga quem tem qualidade realmente.
O que acha do Barcelona do Messi?
O Barcelona é absurdo, nunca vi um time melhor. Não diria que o Messi joga isso tudo porquê está nesse time, mas não é difícil jogar naquele time. Não tem vaidade, nem do Messi nem dos outros. Ele na cara do gol dá um passe. Na base não acontece isso.
Neymar só perde para Messi e Cristiano Ronaldo?
Não acho o Neymar o terceiro melhor do mundo. Ainda não. Tem caras como Xavi e Iniesta que conhecem muita coisa. Ele vai ser um dos melhores, quem sabe o melhor, mas ainda falta um pouquinho.




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